Dilma quer computador mais barato aos brasileiros


Presidente diz que instalação de fábricas chinesas no Brasil vai baratear eletrônicos

A presidente da República Dilma Rousseff afirmou que quer baratear os preços dos computadores ao consumidor e fazer com que eles sejam acessíveis para qualquer brasileiro.

Em entrevista ao programa de rádio Café com a Presidenta, apresentado nesta segunda-feira (18), Dilma disse que os acordos fechados com a China deverão ajudar a diminuir o preço de aparelhos eletrônicos por aqui.

Fazendo um balanço sobre sua visita à China, na semana passada, ela se referiu ao acordo fechado com as empresas ZTE e Foxconn.

A primeira é uma estatal chinesa que produz equipamentos para a área de comunicação, enquanto a outra é responsável pela fabricação de produtos da Apple para parte do mundo, entre eles o iPad e o iPhone.

A ZTE vai construir uma fábrica em Hortolândia, no interior de SP, e investirá mais R$ 350 milhões.

A Foxconn estuda investimento de R$ 18,9 bilhões no Brasil para a produção de telas para produtos como computadores tablet e celulares. -

São investimentos que, além de trazer dinheiro e novas tecnologias, também vão gerar emprego para milhares de trabalhadores.

Nós vamos ter muito trabalho pela frente, vamos ter de formar brasileiros e brasileiras capacitados para trabalhar nesta área de tecnologia de informação. Nós vamos popularizar esses equipamentos.

Queremos que eles sejam comprados por qualquer cidadão. Ela diz que, no ano passado, o Brasil foi o terceiro país que mais vendeu computador no mundo, e “isso significa um grande mercado potencial”.

A presidente disse que a viagem à China, que começou na segunda-feira (11) e terminou neste fim de semana, foi “bastante proveitosa” e “bem-sucedida”. - Nós alcançamos os nossos principais objetivos: o de abrir as portas para que mais produtos brasileiros, produtos mais elaborados entrassem na China; e trabalharmos juntos em áreas importantes, como a de ciência e tecnologia.

Assinamos 20 acordos com o governo chinês. Alguns para desenvolvermos pesquisa nessa área – ciência e tecnologia – e também fecharmos bons negócios com empresários, que vão investir mais no Brasil.

O Brasil também vai vender mais para a China, segundo Dilma.

- Um dos acordos que firmamos foi abrir o mercado chinês para a exportação de carne de porco. Um outro ainda, foi para a venda de aviões.

A Embraer já vende aviões para a China, mas, nessa viagem, nós combinamos a venda de 35 aviões da família B-190 – são jatos que vão gerar em torno de US$ 1 bilhão para o Brasil.

Ela diz que desde 2004, quando o presidente Lula esteve pela primeira vez na China, “nós evoluímos muito no volume do nosso comércio, e a China tornou-se o nosso maior parceiro comercial”.

- Essa parceria tem sido boa em vários setores. Nós realizamos, por exemplo, várias pesquisas e iniciativas na área de satélite.

Acho que foi um salto de qualidade nas nossas relações. Mas, ainda, queremos mais. Hoje, nós vendemos muita matéria-prima para a China, queremos vender a matéria-prima, mas também queremos vender os produtos mais elaborados. Ela cita o caso do aço.

A China é o maior comprador do minério de ferro brasileiro, a matéria-prima para a fabricação do aço, usado em praticamente toda a indústria, de carros a barcos. - O produto que mais vendemos para os chineses é o minério de ferro.

Queremos, também, vender aço e mesmo produtos acabados de aço. Estou muito confiante na cooperação mútua entre o Brasil e a China.

Do r7.com