Mãe que quer deixar filha morrer obtém direito inédito a censura em Twitter e Facebook


A ordem impede não apenas de se noticiar informações sobre o caso como também de entrevistar ou contatar uma lista de 65 pessoas próxima à mulher e sua filha, que é citada no caso apenas como "M". Entre as pessoas listadas estão funcionários do hospital onde ela está sendo tratada.

A mãe entrou com um pedido na Corte de Proteção, um tribunal específico que lida apenas com casos de pessoas incapacitadas de tomar decisões devido a deficiências ou problemas de saúde, para conseguir que o fornecimento de alimentação à filha seja interrompido.

O uso de liminares para impedir que alguns fatos sejam revelados na imprensa foi criticada por meios de comunicação no Reino Unido. O primeiro-ministro, David Cameron, disse que acha "preocupante" o uso excessivo deste tipo de medida.

Nesta semana, a polêmica aumentou depois que um internauta publicou em sua conta do Twitter uma lista de supostas celebridades britânicas que teriam obtido liminares que censuram notícias suas na imprensa.

Como o Twitter é baseado nos Estados Unidos, advogados acreditam que é difícil fazer com que liminares da Justiça britânica sejam obedecidas.

Mas advogados ouvidos pelo jornal The Guardian dizem que usuários do Twitter que violarem a liminar concedida no caso da mãe - que cita o Twitter e o Facebook - correm o risco de ir para a cadeia.
fonte:uol