PEIXE-BOI,O GIGANTE DA AMAZÔNIA

Martius e Spix em sua viagem encontraram muitos manatis, os peixes-bois. E já falam na caça que diminuía a quantidade de animais na região do Amazonas.



Os naturalistas contam que muito antes da viagem deles ao Brasil, havia relatos de que os manatis viviam nos rios costeiros, do Rio de Janeiro ao Maranhão, pelo litoral brasileiro, e na Amazônia, do Maranhão em diante até o Peru e a Colômbia. A caça para obter a gordura do bicho, que era transformada em óleo, praticamente dizimou esses mansos animais, hoje encontrados ainda em todo o Amazonas, mas em muito menor quantidade. Os caçadores preferiam as fêmeas que têm mais gordura, o que reduzia ainda mais o nascimento de filhotes.



O peixe–boi era arpoado que nem baleia. Martius e Spix contam que um animal adulto dava 480 a 500 galões de óleo. Martius diz que a carne do peixe-boi é como a do porco e que não se lembra de ter “saboreado no Brasil prato de carne mais delicioso.” Faziam até linguiça das tripas do peixe-boi recheadas com a carne do animal.



Os índios – conta Martius – capturavam e seviciavam as fêmeas. Diziam que dava boa sorte nas caçadas.



Quando vemos de perto um filhote de seis meses, um ano de idade, mamando que nem bebê, não há como não sentir muita pena do que fizeram ao longo dos séculos com esses animais.



Sorte que hoje eles têm no INPA, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, o laboratório de mamíferos aquáticos, com gente como o Anselmo, veterinário, e a Dra. Vera Maria da Silva, pesquisadora e defensora incansável dos peixes-bois. Além dos filhotes vimos também a ultrassonografia da Bu, fêmea grávida que vai ter seu bebê em janeiro, o quinto nascido em cativeiro no INPA.



A Dra. Vera nos contou que o peixe-boi não tinha predador natural entre os bichos. Seu predador foi e é unicamente o homem. Coisa mais bonitinha o peixe-boi. Que seja cuidado e preservado.
FONTE:BLOGDAAMAZONIA