Manifestação pró-Evo Morales mobilizou milhares nas ruas de La Paz.
Indígenas são contrários a obra de rodovia que cortará Amazônia.
A manifestação "governista" ocupou as ruas da cidade e terminou em um comício onde Morales, vários ministros e dirigentes sindicais escutaram discursos de líderes de organizações sindicais leais ao governo.
"Vamos defender o processo de mudança", afirmou Juanita Ansiata, dirigente "cocalera" de Cochabamba, principal bastião de Morales, em referência ao governo de esquerda que chegou ao poder em janeiro de 2005.
Opiniões distintas
Morales tem enfrentado uma onda de protestos, nas principais cidades do país, pela repressão policial ocorrida há duas semanas contra os indígenas amazônicos que seguem para La Paz na marcha para impedir a estrada sobre o Território Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure, na Amazônia boliviana.
Morales tem enfrentado uma onda de protestos, nas principais cidades do país, pela repressão policial ocorrida há duas semanas contra os indígenas amazônicos que seguem para La Paz na marcha para impedir a estrada sobre o Território Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure, na Amazônia boliviana.
A marcha dos indígenas amazônicos, cuja repressão expôs sérias contradições do governo Morales, deve chegar a La Paz no meio da próxima semana, e seus líderes exigem ser recebidos pelo presidente.
A estrada em questão é parte da rodovia que unirá os oceanos Pacífico e Atlântico e promoverá o comércio na América do Sul. O projeto é financiado pelo Brasil, com custo total de US$ 415 milhões e vai cortar a floresta amazônica.