Bombardeio ocorre no quarto dia consecutivo de ofensiva israelense.
Número de palestinos mortos chega a 39, segundo agência palestina.Um bombardeio israelense atingiu na madrugada deste sábado (17) a sede do governo do movimento islamita Hamas em Gaza, no quarto dia consecutivo da ofensiva israelense "Pilar Defensivo", que já provocou a morte de 39 palestinos. Apenas neste sábado, oito pessoas morreram, de acordo com fontes médicas.
De acordo informações de fontes do Exército israelense, foi atingido o escritório do primeiro-ministro do Hamas, Ismail Haniyeh, no norte da Faixa de Gaza. O prédio foi destruído. Haniyeh não estava no local no momento do ataque.
"O quartel-general do gabinete foi alvo de quatro ataques e o governo ressalta que permanece em suas posições e se mantém ao lado de seu povo", indicou o governo de Gaza em um comunicado, no quarto dia da ofensiva israelense.
Os novos ataques ocorrem após o lançamento sem precedentes contra a cidade sagrada de Jerusalém, que aumentou a tensão entre palestinos e israelenses.
Segundo o Exército israelense, 200 alvos em Gaza foram atingidos na madrugada deste sábado, incluindo 120 lançadores de foguetes e 20 túneis. "Nas últimas seis horas, o IDF (exército israelense) atacou 85 novos locais terroristas", disse o exército em sua conta oficial do Twitter.
Uma porta-voz militar israelense informou sobre "mais de 830" ataques contra Gaza desde quarta-feira. Um total de 367 foguetes foram disparados da Faixa de Gaza contra Israel, dos quais 222 foram interceptados pelo sistema antimísseis Cúpula de Ferro, acrescentou.
Em contrapartida, um foguete disparado desde Gaza contra Israel deixou quatro soldados israelenses feridos. Israel posicionou neste sábado na área metropolitana de Tel Aviv uma bateria do sistema de intercepção de mísseis “Cúpula de Ferro”, para proteger a cidade de ataques palestinos. Na quinta-feira (15), três projéteis disparados de Gaza caíram no mar nas proximidades da cidade.
Em Gaza foi possível ouvir um intenso bombardeio entre 4h e 5h (horário local). Ao menos 180 alvos na Faixa de Gaza foram bombardeados por Israel durante a madrugada.Além da sede do Governo do Hamas em Gaza, foram atingidos o Estádio Palestina, um centro de esportes e juventude administrado pelo Ministério do Esporte, o complexo central da Polícia do Hamas em Gaza e outras delegacias.
A Força Aérea Israelense também continuou atacando seus alvos iniciais, os locais de depósito de armas dos militantes palestinos e suas áreas militares. O Exército convocou milhares de reservistas e mobilizou tropas, tanques e outros veículos armados pela fronteira com Gaza, sinalizando que uma invasão terrestre pode estar próxima.
Cerca de 20 mil membros da reserva do exército, convocados em regime de urgência, integraram suas unidades na manhã deste sábado.Por enquanto, nenhuma ação foi confirmada.
Os ataques também tiveram como alvo transformadores de energia elétrica e a rede de túneis usados para o contrabando de armas do Egito para Gaza.
Duas casas pertencentes a destacados funcionários do Executivo do Hamas também foram atingidas: uma no campo de refugiados de Jabalya, ao norte, e outra na capital da Faixa de Gaza. Em Jabalya, cerca de 30 pessoas ficaram feridas.
Em meio à ofensiva, o ministro das Relações Exteriores da Tunísia, Rafik Abdel Salam, chegou neste sábado (17) à Faixa de Gaza para realizar uma visita oficial. Em pronunciamento, eledenunciou os ataques israelenses contra os palestinos e os classificou como inaceitáveis e contra a lei internacional.
Com os novos ataques, o número de palestinos mortos chegou a 39. O balanço de feridos é de 280 pessoas desde o início da operação militar, na última quarta-feira (14).
Mortos
Na madrugada deste sábado, nove palestinos morreram em novos ataques israelenses, somando 39 vítimas fatais desde quarta-feira, informaram fontes médicas da Faixa de Gaza. Três israelenses também morreram nos confrontos.
Na madrugada deste sábado, nove palestinos morreram em novos ataques israelenses, somando 39 vítimas fatais desde quarta-feira, informaram fontes médicas da Faixa de Gaza. Três israelenses também morreram nos confrontos.
Até a meia-noite local, o balanço era de 29 vítimas fatais, mas nas últimas horas morreram duas pessoas que haviam sido internadas com ferimentos e outros oito palestinos atingidos em diferentes bombardeios.
Um homem faleceu em um bombardeio israelense ao leste da cidade de Khan Yunes, enquanto outros três morreram em um ataque similar ao leste do campo de refugiados de Al-Mughazi, segundo Ashraf al-Quedra, porta-voz do Ministério da Saúde em Gaza, que calculou os feridos em 300 desde o início da ofensiva israelense.
Além disso, outras três pessoas morreram em outro bombardeio da aviação israelense ao leste da cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, segundo a emissora de televisão "Al-Aqsa", ligada ao Hamas.
Bombardeios
O porta-voz do Hamas em Gaza, Sami Abu Zuhri, advertiu em comunicado que Israel "pagará um alto preço por seus crimes", uma vez que 'ultrapassou todas as linhas vermelhas.
O porta-voz do Hamas em Gaza, Sami Abu Zuhri, advertiu em comunicado que Israel "pagará um alto preço por seus crimes", uma vez que 'ultrapassou todas as linhas vermelhas.
Segundo a "Ma'an", 30 civis foram feridos em ataques contra o campo de refugiados de Bureij, onde a Força Aérea israelense bombardeou uma mesquita e a casa de um miliciano do Hamas.
Durante a noite, as milícias palestinas seguiram lançando foguetes contra o território israelense, um dos quais matou na terça-feira três civis israelenses.
Dois projéteis caíram sobre a região do Conselho de Ashkelon, um na área de Sderot e outro na de Shaar Negev, sem deixar vítimas, informou a versão digital do diário israelense "Yedioth Ahronoth".