Ter um emprego é um sinal de saúde. Pelo menos é o que diz um estudo realizado no Canadá e nos Estados Unidos. Os pesquisadores avaliaram a relação entre desemprego e mortalidade e descobriram que os homens que perdem o emprego têm 63% mais chances de morrer mais cedo do que os demais.
O estudo foi feito pelo professor de sociologia Eran Shor, da Universidade McGill, no Canadá, em parceria com a Universidade Stony Brook, nos Estados Unidos. Ele avaliou pesquisas que traziam informações dos últimos 40 anos sobre 20 milhões de pessoas de 15 países – sobretudo ocidentais.
Segudo Shor, o que acontece é que o desemprego leva ao estresse e prejudica o status socioeconômico do desempregado, o que pode piorar sua condição de saúde e, assim, elevar as taxas de mortalidade.
Os resultados mostraram ainda que o risco de morte geral é maior em homens (78%) do que em mulheres (37%). Segundo Shor, esse risco é ainda maior para quem tem menos de 50 anos.
- Ainda hoje, a falta de um trabalho é mais estressante para homens do que para mulheres.
Shor explicou que, quando um homem perde seu emprego, isso significa, na maior parte dos casos, que sua família vai empobrecer e sofrer de várias maneiras. Essa situação afeta a saúde do homem ao elevar alguns hábitos, como a alimentação, o fumo e o consumo de bebidas alcoólicas.
Para evitar essas mortes, o autor do estudo sugere que as autoridades de saúde realizem mais campanhas de saúde voltadas para esse público, incentivando testes de saúde, principalmente para detectar doenças cardiovasculares.A falta de trabalho prejudica mais a saúde dos homens do que a das mulheres.
fonte: r7.com