1 bilhão de pessoas não podem pagar pela saúde, diz agência da ONU

100 milhões caem na pobreza todos os anos por causa desse tipo de gasto.
Dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Da Reuters

Cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo todo não tem condições de arcar com gastos relativos à saúde, e cerca de 100 milhões caem na pobreza todos os anos por causa desse tipo de gasto, disse a Organização Mundial da Saúde nesta segunda-feira (22).
Em relatório sobre a questão do atendimento médico, a agência da ONU afirmou que todos os países - ricos ou pobres - poderiam se empenhar mais no sentido de oferecer atendimento universal.
O texto propõe que os governos melhorem a eficiência dos seus sistemas de saúde e usem novos impostos e medidas inovadoras de arrecadação para financiar isso.
A Índia, por exemplo, poderia arrecadar US$ 370 milhões por ano se impusesse uma taxa de 0,005% sobre transações cambiais.
O Gabão, no ano passado, obteve US$ 30 milhões para a saúde com a adoção de um imposto de 1,5% sobre empresas que fazem remessas financeiras, e 10% sobre operadores de telefonia celular.
Segundo a OMS, 20% a 40% dos gastos com saúde acabam sendo desperdiçados - na compra de medicamentos caros e desnecessários, ou pela ineficiência hospitalar, por exemplo.
O estudo acrescenta que metade de todos os remédios no mundo são prescritos, distribuídos ou vendidos inadequadamente, e que metade dos pacientes não tomam os remédios conforme a receita.
O melhor uso dos medicamentos poderia representar uma economia de até 5% nos gastos nacionais com saúde, diz a OMS.