O Governo do Estado está trazendo guardas da Força Nacional para atuar em operações de Segurança Pública no Acre. A medida também visa prevenir que não faltem efetivos em caso da deflagração de greve por uma parte dos policiais militares acreanos. O pedido foi feito pelo governador Tião Viana, no último final de semana. Entre algumas das ações a serem executadas com o reforço destes agentes estão investidas em pontos focalizados de tráfico de drogas, amplo patrulhamentos nas cidades e nas estradas (pontos de acesso ao Estado).
Os policiais da Força estão alocados num prédio do Ciesp, com algumas despesas bancadas pelo governo acreano. No geral, os custo para trazê-los partem do Governo Federal, e não do local (que só precisa oferecer condições para abrigá-los). Não foram divulgados dados oficiais sobre quantos homens já foram e ainda estão sendo direcionados pra cá. Porém, segundo dados extra-oficiais, cerca de 100 guardas já teriam sido trazidos e mais contingentes devem chegar nos próximos dias. Eles devem permanecer aqui por tempo indeterminado.
De acordo com o secretário estadual de Segurança Pública, Ildo Reni Graebner, a passagem dos guardas nacional pelo Acre será muito bem aproveitada para combater diversos tipos de crimes locais e esquemas ilícitos. Segundo ele, estes agentes agirão de modo integrado às polícias locais (forma que a Força Nacional é altamente treinada para seguir), reforçando os pontos onde o Acre sofre de maiores carências de efetivos para rea-lizar tais operações.
O planejamento sobre a definição exata das ações e dos locais aos quais os guardas da Força deverão integrar no Estado será finalizado nos próximos dias, pelos órgãos locais do setor.
“Tínhamos uma ameaça de paralisação de alguns policiais militares. Daí, o governador Tião Viana, numa iniciativa muito sábia e prudente, decidiu convocar a ajuda da Força Nacional. O propósito do chamado foi para prevenir o Estado de ficar com algum tipo de pendência no seu policiamento e na sua luta contra o crime. E agora, apesar do movimento grevista já estar mais controlado, vamos trabalhar bem com eles para oferecer uma maior segurança à população e até prevenir carências no nosso quadro que o amanhã pode trazer”, disse Reni.
Por sua vez, o comandante da Polícia Militar do Acre, Cel. José Anastácio, esclareceu que os agentes da Força Nacional não vieram para se sobrepor ou maltratar os policiais acreanos e muito menos foram chamados porque o governo local estaria indisposto a negociar com a categoria. Segundo ele, ao contrário, a gestão estadual segue dialogando com a classe, inclusive com uma nova reunião agendada no próximo dia 27, para mostrar dados concretos da Sefaz. O coronel também ressalta que o governador Tião Via-na tem planos para deixar o salário dos policiais acreanos entre um dos melhores a nível nacional até o fim da sua gestão.
“Vamos mostrar os planejamentos salariais para atender 2011 e já antecipar 2012, a fim de mostrar que o nosso é e será ainda mais um dos policiais mais valorizados no Brasil. E é justamente por isso que podemos garantir à sociedade que os nossos serviços essenciais, independente de haver ou não greve, sempre estarão sendo executados. Nunca irão parar. E esse apoio da Força Nacional vem para assegurar ainda mais este compromisso”, completa.
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