Atualmente, 17 infratores prestam serviços no zoológico da UFMT.
Melhorias como reformas em calçadas e instalação de cercas já foram feitas
O dinheiro de multas aplicadas a empresas que desmataram no estado e o trabalho de infratores condenados por maltratar animais estão sendo utilizados para melhorar a estrutura do zoológico da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá.Uma parceria que existe há 10 anos entre o Juizado Volante Ambiental (Juvam) de Cuiabá e o zoológico permite que o dinheiro arrecadado com as multas aplicadas a empresas que desmataram e pessoas que cometeram infrações ambientais sejam usadas para a restauração de alguns locais.
Atualmente, 17 infratores condenados a prestar serviços no zoológico trabalham no local e desempenham funções correspondentes à limpeza do espaço. São pessoas que foram condenadas a penas alternativas por cometer crimes como maltrato de animais, pesca predatória, desmatamento, exploração irregular de atividade mineral, entre outros.
Por meio das penas alternativas e do dinheiro arrecadado com as multas, as calçadas do zoológico foram reformadas, assim como foi possível a construção de um viveiro adequado para a espécie gavião real, atualmente em extinção. Uma cerca para isolar as aves dos visitantes também foi feita com ajuda do trabalho dos infratores. “Quem vem ao lugar com frequência percebe as mudanças”, garante o gerente do zoológico e técnico administrativo da UFMT, Luiz Carlos de Sá Neves.
O zoológico da UFMT foi fundado em 23 de março de 1977 e é o único do país que funciona dentro de uma instituição de ensino. De acordo com o último levantamento da administração, o zoológico abriga 900 animais de 74 espécies.