Haitianos em Iñapari, no Peru, cidade que faz fronteira com o Brasil,
não aguentando mais a situação caótica em que estavam passando, furaram
a barreira da Polícia Federal e atravessaram para o lado brasileiro.
Eles estão em abrigos na cidade de Brasileia custeados pelo governo do
Acre. Os imigrantes ilegais foram notificados pela PF e correm o risco
de serem presos ou deportados a qualquer momento.
O grupo de
haitianos nessa situação, segundo o secretário estadual de Justiça e
Direitos Humanos, Nilson Mourão, chega a 57. O caso foi levado para
conhecimento do Ministério da Justiça que determinou o cadastro de todos
eles. Até o momento não se sabe se os haitianos vão ganhar permissão ou
visto.
A situação ocorre após o governo do Acre se
responsabilizar por mais de 200 haitianos que estavam ‘jogados’ na praça
das cidades acrianas de Epitaciolandia e Brasileia, que fazem fronteira
com os países Peru e Bolívia. Vendo a situação de calamidade, o governo
se comprometeu em ajudar esse grupo com alimentação e abrigos, já que o
governo federal demorou a prestar assistência.
Depois
de um ano, o grupo teve a situação regularizada no Brasil, foram
transferidos dessas cidades para a capital acriana e daqui levados para
outros estados para ingressarem no mercado de trabalho.
De
acordo com o secretário, os haitianos ainda continuam chegando de
‘pinga-pinga’ na cidade de Iñapari e estão abrigados na praça da cidade.
Eles também foram cadastrados e os dados levados ao Ministério da
Justiça. O governo do Acre está ajudando esse grupo somente na parte de
alimentação.
Os haitianos utilizam uma rota alternativa para
chegar ao Brasil. Saem do Haiti, passam pela República Dominicana,
Panamá, Equador (ou Peru), Bolívia e enfim entram no território nacional
via Acre. Até chegar ao Acre estes imigrantes passam por apuros com
coiotes bolivianos e ainda desembolsam muito dinheiro.
Fonte: Agazeta.net