Como já
mostramos em várias matérias, os bebês modernos vivem em um mundo
excessivamente limpo – o que cientistas acreditam ser a causa do aumento
de casos de alergias e asma nas crianças, além de aumentar o risco de
desenvolvimento de outros problemas comuns em países ricos, como ataques
cardíacos e outras doenças.
De acordo com a hipótese da higiene, o sistema imunológico humano se desenvolve com a exposição a um mundo sujo e cheio de micróbios. Sem estes encontros com a sujeira durante a infância, o sistema não aprende a defender o corpo de ameaças, e pode causar inflamações como resposta a infecções em momentos errados. A hipótese afirma que esta reação do corpo é responsável pelo aumento de casos de asma e alergias, problemas associados com inflamações.
Entretanto, recentemente surgiu a questão de que inflamações crônicas também podem aumentar o risco de diabetes, ataques cardíacos e outras doenças do coração. Isso significa que a hipótese da higiene também interfere nestes problemas? Para descobrir a realidade sobre esta relação, pesquisadores da Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, analisaram questionários realizados com 1.534 crianças da cidade de Cebu, nas Filipinas – onde os níveis de higiene são baixos. Quando estas pessoas chegaram aos 20 anos, os pesquisadores testaram os agora jovens para observar os níveis da proteína C reativa, um marcador de inflamações crônicas.
O estudo descobriu que, quanto mais agentes patogênicos as pessoas tivessem entrado em contato antes dos dois anos, menores eram os níveis da proteína aos 20 anos. Todos os episódios de diarréia durante a infância diminuem as chances de ter a proteína C reativa alta em cerca de 11%. Cada dois meses passados em locais com fezes de animais diminuíram os níveis em 13%, e o nascimento na época mais seca e cheia de poeira diminuiu os níveis em 30%.
O pesquisador Tom McDade sugere que a exposição prematura a germes pode reduzir inflamações crônicas durante a idade adulta, e por isso diminui o risco de desenvolvimento de doenças mais sérias. “Isto leva a hipótese da higiene muito além das alergias”, diz o estudioso. “A descoberta é consistente com o efeito dos germes no desenvolvimento imunológico”, afirma Richard Gallo, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.
McDade afirma esperar que um dia seja possível expor os bebês com segurança aos elementos protetores dos germes sem os riscos de infecções oferecidos por eles. Enquanto isso, o pesquisador afirma utilizar uma abordagem bem menos tecnológica ao problema: “Se meu filho de dois anos derrubar comida no chão, eu deixo que ele pegue de volta e coma”. [New Scientist]
De acordo com a hipótese da higiene, o sistema imunológico humano se desenvolve com a exposição a um mundo sujo e cheio de micróbios. Sem estes encontros com a sujeira durante a infância, o sistema não aprende a defender o corpo de ameaças, e pode causar inflamações como resposta a infecções em momentos errados. A hipótese afirma que esta reação do corpo é responsável pelo aumento de casos de asma e alergias, problemas associados com inflamações.
Entretanto, recentemente surgiu a questão de que inflamações crônicas também podem aumentar o risco de diabetes, ataques cardíacos e outras doenças do coração. Isso significa que a hipótese da higiene também interfere nestes problemas? Para descobrir a realidade sobre esta relação, pesquisadores da Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, analisaram questionários realizados com 1.534 crianças da cidade de Cebu, nas Filipinas – onde os níveis de higiene são baixos. Quando estas pessoas chegaram aos 20 anos, os pesquisadores testaram os agora jovens para observar os níveis da proteína C reativa, um marcador de inflamações crônicas.
O estudo descobriu que, quanto mais agentes patogênicos as pessoas tivessem entrado em contato antes dos dois anos, menores eram os níveis da proteína aos 20 anos. Todos os episódios de diarréia durante a infância diminuem as chances de ter a proteína C reativa alta em cerca de 11%. Cada dois meses passados em locais com fezes de animais diminuíram os níveis em 13%, e o nascimento na época mais seca e cheia de poeira diminuiu os níveis em 30%.
O pesquisador Tom McDade sugere que a exposição prematura a germes pode reduzir inflamações crônicas durante a idade adulta, e por isso diminui o risco de desenvolvimento de doenças mais sérias. “Isto leva a hipótese da higiene muito além das alergias”, diz o estudioso. “A descoberta é consistente com o efeito dos germes no desenvolvimento imunológico”, afirma Richard Gallo, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.
McDade afirma esperar que um dia seja possível expor os bebês com segurança aos elementos protetores dos germes sem os riscos de infecções oferecidos por eles. Enquanto isso, o pesquisador afirma utilizar uma abordagem bem menos tecnológica ao problema: “Se meu filho de dois anos derrubar comida no chão, eu deixo que ele pegue de volta e coma”. [New Scientist]
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