O
Acre de ontem, compreende a sua anexação a Federação Brasileira como um
território federal, sua autonomia política e a mercê do governo federal
nomeando interventores como governantes. Nossas riquezas fornecidas pela
exuberante flora e fauna, tais como borracha, castanha e couros de animais, só
favorecia a economia dos estados do Amazonas e Pará.
A
educação quanto a formação universitária só era alcançada por filhos de
seringalistas, altos comerciantes e funcionários bem sucedidos, formando-os em
outras unidades federativas do país como Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará,
Amazonas e Pará. Só que os filhos desses fidalgos na maioria nasciam aqui no Acre
e seus corações eram providos do sentimento nativista, do amor ao seu torrão
natal e começaram a sonhar com o Acre autônomo, organizando-se e formando o
movimento dos autonomistas ganhando adesões importante de pessoas que mesmo não
acreanas, mas que vieram morar para sempre nesta terra aconchegante e
hospitaleira.
Quero
com muito carinho mencionar alguns nomes de nossos saudosos e zelosos vultos,
que essa minha tão cansada mente consegue lembrar. Dos acreanos: Geraldo
Mesquita; Océlio Medeiros; Jorge Kalume; Omar Sabino de Paula; Alberto Costa;
Mário de Oliveira; Miguel Ferrante; Ivo Aguiar; Fernando Conde; Adalberto Sena;
José Rui Lino; José Augusto; Mário Maia; Lafaiete Rezende; Abrahin Isper
Junior; Adalcides Galo; Padre Pelegrino. E os não acreanos, Jorge Lavoucat;
Aluízio de Queiroz; Zé Português; Fontenele de Castro; e finalizando com o
benfeitor do Acre José Guiomard dos santos que fez o astro na nossa bandeira
fulgir com mais brilho com o seu projeto aprovado e sancionado pelo Presidente
da República João Belchior Marques Goulart no dia 15 de Junho de 1962. Valeu os
sonhos dos nossos saudosos autonomistas pois tornara-se realidade.
Parabéns
Acre querido! Parabéns pelo seu quinquagésimo terceiro ano de emancipação
política, mesmo sabendo que sua história foi irresponsavelmente maculada por
maus políticos, más eternamente defendidas pelos os que te amam sem casuísmo ou
hipocrisia. Ao Acre e sua gente, a mais terna sincera saudação do modesto
contador de história, lírico, romântico e poético.
Arnaldo Francisco Pereira de
Sousa.