Produção artesanal de farinha de mandioca
Farinha de mandioca produzida na Oca em Alto Paraíso de Goiás. Abaixo você pode acompanhar as várias etapas do processo.
Mandioca
A farinha pode ser tanto produzida com mandiocas mansas (macaxeira) como bravas. As diferenças entre elas são: a concentração de ácido cianídrico - pode chegar a matar grandes animais; e a produtividade - variedades bravas são mais produtivas. Baixas concentrações são toleradas e são facilmente evaporadas durante o cozimento (mandioca mansa ou macaxeira) já que o ácido cianídrico é volátil. Altas concentrações precisam de mais tempo e/ou mais calor para evaporarem do que simples cozimento (a mandioca brava).
A mandioca tem sua época certa de ser colhida, quando a raiz já está crescida - dependendo da variedade, da fertilidade e do clima, ela pode boa dentro de poucos meses até alguns anos - e quando ela não está vegetando (quando ela "enxuga"), assim ela cozinha rápido e desmancha. O processo de produção de farinha aceita mandioca de menor qualidade do que a de mesa.
Arrancando mandiocas
Algumas mandiocas crescem muito!
Descascar e lavar
Para fazer se fazer farinha se pode tirar apenas a casca, deixando a entrecasca. A produção é maior, mas de menor qualidade. A entrecasca dá uma cor mais escura para a farinha.
Mandioca descascada
Em seguida a mandioca é lavada, com uma escova para retirar a terra.
Mandioca lavada
Ralar
A mandioca lavada é levada para ser ralada. Existem diversos modos de ralar a mandioca artesanalmente: usando um tronco jovem de Angico; um ralador de metal; um ralador de tambor, um desintegrador, etc.
Ralando em um desintegrador
Massa saindo da máquina
Usando um ralador de metal
Massa ralada
Lavar a massa para extrair o polvilho
A massa da mandioca ralada é depois lavada para extrair o polvilho (amido puro) da mandioca. Esse é um processo que não obrigatório, mas é comumente feito pois o polvilho é um produto de bom preço e muito apreciado. A farinha feita com a massa "integral" é muito mais rica, mais "liguenta". Quanto mais a massa é lavada - o processo pode ser repetido diversas vezes - mais a farinha resultante vai ficar seca e pobre. O processo normal fica entre esses dois extremos.
Clique aqui para ver o processo de extração do polvilho e também do tucupi.
Presagem da massa
A massa passa em seguida para a prensagem, para retirar o máximo de umidade da massa ficando mais fácil o processo posterior de secagem.
Existem diversos modos de prensas: com pesos, hidraulilcas, o tipiti indígena, etc.
Massa ensacada pronta pra prensagem
Colocando os sacos na prensa
Fechando a prensa de mandioca
Comprimindo a massa com peso
Massa sendo prensada
Depois de horas, a massa tirada da prensa já seca.
Outros tipos de prensagens:
Colocando a massa dentro de um tipiti indígena
O tipiti é pendurado e esticado para baixo com um peso na ponta.
Prensa que utiliza alavanca e corda
Secagem
Na fase seguinte a massa é passada numa peneira grossa para facilitar o processo de secagem e resultar numa farinha mais fina. A parte que não passa na peneira, chamada de crueira, pode ser dada aos animais, ser usada diretamente em receitas ou voltar ao desintegrador para ser ralado novamente.
Soltando a massa de farinha seca
Peneirando a massa para separar a parte mais grossa
Em seguida a massa solta é colocado no forno para secagem. O forno pode ser feito de chapa de ferro - redondo, retangular - ou mesmo de lajes de pedra juntadas com barro. O calor normalmente é provido por lenha colocada debaixo da chapa. A massa pode ser mexida por pás mecanicas ou manualmente. Essa é a fase que exige maior experiência e atenção pois são muitos os detalhes para um processo bem sucedido: intensidade do fogo, rapidez no mexer, a quantidade de massa por lote, o ponto certo da farinha, etc.
Secagem da massa em forno de chapa de ferro
Mantendo a massa sempre em movimento para não queimar
Farinha quase no ponto
Farinha
A farinha está pronta! É só esfriar e ensacar.
Farinha de mandioca pronta
Aproveita-se a oportunidade e o forno para fazer um pouco de beiju para os trabalhadores do mutirão.
Colocando a massa de farinha na chapa
Beiju da chapa de farinha
Beijus
Beijus prontos
Beijus grandes
Beiju torrado
Farinha de mandioca produzida na Oca em Alto Paraíso de Goiás. Abaixo você pode acompanhar as várias etapas do processo.
Mandioca
A farinha pode ser tanto produzida com mandiocas mansas (macaxeira) como bravas. As diferenças entre elas são: a concentração de ácido cianídrico - pode chegar a matar grandes animais; e a produtividade - variedades bravas são mais produtivas. Baixas concentrações são toleradas e são facilmente evaporadas durante o cozimento (mandioca mansa ou macaxeira) já que o ácido cianídrico é volátil. Altas concentrações precisam de mais tempo e/ou mais calor para evaporarem do que simples cozimento (a mandioca brava).
A mandioca tem sua época certa de ser colhida, quando a raiz já está crescida - dependendo da variedade, da fertilidade e do clima, ela pode boa dentro de poucos meses até alguns anos - e quando ela não está vegetando (quando ela "enxuga"), assim ela cozinha rápido e desmancha. O processo de produção de farinha aceita mandioca de menor qualidade do que a de mesa.
Arrancando mandiocas
Algumas mandiocas crescem muito!
Descascar e lavar
Para fazer se fazer farinha se pode tirar apenas a casca, deixando a entrecasca. A produção é maior, mas de menor qualidade. A entrecasca dá uma cor mais escura para a farinha.
Mandioca descascada
Em seguida a mandioca é lavada, com uma escova para retirar a terra.
Mandioca lavada
Ralar
A mandioca lavada é levada para ser ralada. Existem diversos modos de ralar a mandioca artesanalmente: usando um tronco jovem de Angico; um ralador de metal; um ralador de tambor, um desintegrador, etc.
Ralando em um desintegrador
Massa saindo da máquina
Usando um ralador de metal
Massa ralada
Lavar a massa para extrair o polvilho
A massa da mandioca ralada é depois lavada para extrair o polvilho (amido puro) da mandioca. Esse é um processo que não obrigatório, mas é comumente feito pois o polvilho é um produto de bom preço e muito apreciado. A farinha feita com a massa "integral" é muito mais rica, mais "liguenta". Quanto mais a massa é lavada - o processo pode ser repetido diversas vezes - mais a farinha resultante vai ficar seca e pobre. O processo normal fica entre esses dois extremos.
Clique aqui para ver o processo de extração do polvilho e também do tucupi.
Presagem da massa
A massa passa em seguida para a prensagem, para retirar o máximo de umidade da massa ficando mais fácil o processo posterior de secagem.
Existem diversos modos de prensas: com pesos, hidraulilcas, o tipiti indígena, etc.
Massa ensacada pronta pra prensagem
Colocando os sacos na prensa
Fechando a prensa de mandioca
Comprimindo a massa com peso
Massa sendo prensada
Depois de horas, a massa tirada da prensa já seca.
Outros tipos de prensagens:
Colocando a massa dentro de um tipiti indígena
O tipiti é pendurado e esticado para baixo com um peso na ponta.
Prensa que utiliza alavanca e corda
Secagem
Na fase seguinte a massa é passada numa peneira grossa para facilitar o processo de secagem e resultar numa farinha mais fina. A parte que não passa na peneira, chamada de crueira, pode ser dada aos animais, ser usada diretamente em receitas ou voltar ao desintegrador para ser ralado novamente.
Soltando a massa de farinha seca
Peneirando a massa para separar a parte mais grossa
Em seguida a massa solta é colocado no forno para secagem. O forno pode ser feito de chapa de ferro - redondo, retangular - ou mesmo de lajes de pedra juntadas com barro. O calor normalmente é provido por lenha colocada debaixo da chapa. A massa pode ser mexida por pás mecanicas ou manualmente. Essa é a fase que exige maior experiência e atenção pois são muitos os detalhes para um processo bem sucedido: intensidade do fogo, rapidez no mexer, a quantidade de massa por lote, o ponto certo da farinha, etc.
Secagem da massa em forno de chapa de ferro
Mantendo a massa sempre em movimento para não queimar
Farinha quase no ponto
Farinha
A farinha está pronta! É só esfriar e ensacar.
Farinha de mandioca pronta
Aproveita-se a oportunidade e o forno para fazer um pouco de beiju para os trabalhadores do mutirão.
Colocando a massa de farinha na chapa
Beiju da chapa de farinha
Beijus
Beijus prontos
Beijus grandes
Beiju torrado