DEPUTADO DANIEL ZEN FALA SOBRE BÍBLIA QUEIMADA EM SARAU NA UFAC

O Deputado e Líder do governo Daniel Zen usou a sua página na rede social facebook para opinar sobre o caso do jovem que queimou uma bíblia em evento na Universidade Federal do Acre. Veja o que diz o deputado:
Daniel Zen

``Muitas pessoas têm me perguntado qual minha opinião sobre o episódio ocorrido essa semana na UFAC, em que jovens participantes de um encontro de ateus teriam ateado fogo em uma Bíblia.
Todos que me conhecem sabem que sou cristão-católico, da Paróquia de São Sebastião, da qual sou vizinho. Lá, convivo (e muito bem) até com adversários políticos, como o meu colega de Parlamento, Dep. Chagas Romão (PMDB), paroquiano de longa data e que sempre ajuda e colabora com as obras sociais da Igreja. Ao mesmo tempo, não faço proselitismo religioso, defendo a pluralidade de credo e o direito à diversidade de opinião, opção ou orientação sobre o que quer que seja.
Para mim, o Estado laico não é o que não interfere nos assuntos religiosos. Ao contrário, Estado laico é aquele que assegura a todos, através de seu aparato estatal, o exercício do direito à liberdade religiosa. Mais do que isso: o Estado laico é aquele que assegura que ninguém sofrerá discriminação em virtude de sua opção religiosa e que todo preconceito nesse sentido será coibido e punido. É o Estado que protege, ao mesmo tempo, cristãos e ateus; católicos e protestantes; judeus e muçulmanos; budistas, daimistas, espíritas, hinduistas, xintoístas ou qualquer outra forma de crença ou fé.
Alguém que preza pela pluralidade religiosa e pela convivência pacífica inter-denominacional não pode concordar com qualquer ato de afronta ou desrespeito aos símbolos religiosos.
Professar ou não uma fé, fazer parte ou não de uma religião é uma opção de caráter personalíssimo. Ninguém pode ser obrigado a fazer e nem ser discriminado por não o fazer. De igual forma, aquele que se reúne para solicitar respeito por sua condição de ateu não pode vilipendiar símbolos religiosos alheios. É uma contradição tremenda, um desrespeito sem par. Quem pede respeito, tem que respeitar.
Isso nada tem haver com uma discussão sobre programas, ideologia ou filiação partidária. Politizar esse debate é correto. Partidarizá-lo, não.
Faço coro à mensagem do Padre Massimo Lombardi, Reitor de nossa Catedral, e deixo-a como uma reflexão sobre o episódio. ´´
Paz e bem para todos!